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Matar para Não Morrer

sábado, 29 de maio de 2010


Matar para Não Morrer


Autor: Del Priore, Mary
 
Em 15 de agosto de 1909, Euclides da Cunha invadiu a casa do bairro carioca da Piedade onde morava o jovem tenente Dilermando de Assis, amante de Dona Saninha, mulher do escritor, disposto a matá-lo. Poucos minutos depois, no entanto, foi o autor de "Os Sertões" quem perdeu a vida, atingido por três balas do revólver do militar. Este livro relata os meses que antecederam a tragédia e mostra que, ignorando fatos, a imprensa da época transformou Dilermando em vilão, rótulo que o perseguiu até o fim. A maioria dos jornalistas e escritores que acompanhou o ocorrido concordava com a idéia de que Euclides estava no seu direito, quando decidiu tirar a vida do seu rival. Essa opinião encontrou respaldo na opinião pública, que crucificou Dilermando, mesmo depois de ele ter sido considerado inocente pelos tribunais. Poucos seriam aqueles que, não levando em conta a versão cristalizada do ocorrido, levantariam dúvidas sobre a versão dos fatos. "A mim a tragédia Euclides-Dilermando me abalou profundamente. Sobre ela meditei muito tempo, dominado pela incerteza. Mas quando conheci todos os detalhes do processo, só então vi, senti em tudo a mão glacial e inexorável da fatalidade - a mesma que levou aos seus crimes o inocente Orestes. E uma coisa até hoje me pergunto: haverá uma só criatura normal das que olham Dilermando com horror, que dentro do quadro daquelas circunstancias, não fizesse a mesmíssima coisa?", questionava-se em 1916 o escritor Monteiro Lobato.
 
Fonte: Siciliano
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Diário de Bordo - A Viagem Presidencial de Tancredo


Diário de Bordo - A Viagem Presidencial de Tancredo

Autor: Ricupero, Rubens
 
No livro Diário de Bordo A Viagem Presidencial de Tancredo", o autor, Rubens Ricúpero, narra episódio que testemunhou em 1985 durante visita de Tancredo ao presidente de Portugal. A certa altura, um dos assessores de Ramalho Eanes se interessou pelas origens dos Neves. Ao ouvir que a família provinha dos Açores, ele se ofereceu para levantar a árvore genealógica, insinuando a possibilidade de desvendar antepassados fidalgos. Rindo, Tancredo agradeceu, mas desestimulou a ideia: -Acho melhor não sacudir muito a árvore, pois é capaz de cair algum macaco!
 
Fonte: Siciliano
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O que Resta da Ditadura - A Exceção Brasileira - Col. Estado de Sítio


O que Resta da Ditadura - A Exceção Brasileira - Col. Estado de Sítio


Autores: Teles, Edson; Safatle, Vladimir
 
Fruto de um seminário realizado na Universidade de São Paulo (USP), em 2008, o livro reúne textos de escritores e intelectuais como Maria Rita Kehl, Jaime Ginzburg, Paulo Arantes, Ricardo Lísias e Jeanne Marie Gagnebin, que buscam analisar o que permanece de mais perverso da ditadura no país hoje. Assim, o livro possui também um caráter de resistência à lógica de negação difundida por aqueles que buscam hoje ocultar o passado recente, seja ao abrandar, amenizar ou simplesmente esquecer este período da história brasileira.
 
Fonte: Siciliano
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Escravidão Nunca Mais


Escravidão Nunca Mais

Autor: Câmara, Nelson

"Raciais", evitando-se a inadequada e indesejável polarização artificial de raças. Mas, fica ao leitor, entretanto, após a leitura do livro, a reflexão quanto à responsabilidade da melhor escolha para o país , o melhor sistema para nós. Ademais, é preciso reescrever a história, também, para exaltar a figura épica de Luiz Gama como o verdadeiro "Paladino da Abolição!"


Dedico, esse livro, finalmente, ao povo brasileiro de todas às etnias, sofrido e corajoso, desamparado pelo Estado ao longo dos séculos à exceção de episódicos momentos de nossa história, unido pela língua, costumes e fé, mesclado na incessante mistura de raças chamado de "homem cordial". Essa "raça morena", que batizada na secular e odiosa escravidão, aspira agora à implementação de ações afirmativas que o integrem definitivamente em igualdade de condições nas conquistas do mundo moderno.

Fonte: Siciliano
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Eles Formaram o Brasil


Eles Formaram o Brasil

Autores: Pestana Ramos, Fabio; Moraes, Marcus Vinicius de

Diferentes tipos participaram da formação do Brasil. Índios, portugueses, escravos, perseguidos religiosos... todos eles tiveram uma importância ímpar para a construção da terra que herdamos. Este livro é uma biografia bem pesquisada e deliciosamente escrita de 12 pessoas que simbolizam tantos homens e mulheres que aqui viveram nos três primeiros séculos. O português Caramuru e a índia Bartira (mais tarde, Isabel Dias), o jesuíta Manuel da Nóbrega e o bandeirante Raposo Tavares. Há também personagens que não se tornaram tão conhecidos, como a cristã-nova Branca Dias, o senhor de engenho Fernão Cabral Taíde, o latifundiário revoltoso Manuel Beckman e o tropeiro Felipe dos Santos. Alguns nomes, porém, seguem em nossa cabeça, como o poeta Gregório de Matos, a ex-escrava Chica da Silva, Maurício de Nassau e Marquês do Lavradio. Após mergulhar na história desses personagens, podemos nos compreender melhor como Nação.

Fonte: Siciliano
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A Viagem do Descobrimento - Vol. 1 - Col. Terra Brasilis


A Viagem do Descobrimento - Vol. 1 - Col. Terra Brasilis

Autor: Bueno, Eduardo

1.500. A armada chefiada por Pedro Álvares Cabral depara-se com mantos de ervas flutuantes balançando nas águas translúcidas do oceano. Sinal inequívoco da proximidade de terra. Após 44 dias ao mar e sete mil quilômetros, os 1.350 homens, espalhados por doze embarcações (a décima terceira fora engolida pelo mar pouco depois da partida de Lisboa), acotovelam-se à mureta das naus. "Terra à vista!" O grito longamente aguardado pode enfim ecoar. O cume de um grande monte, "mui alto e redondo", é vislumbrado. E o Brasil, descoberto. A partir de ampla pesquisa em documentos da época e textos de especialistas, Eduardo Bueno nos leva a acompanhar o dia-a-dia dos aventureiros - marinheiros e soldados, sacerdotes e degredados - que se lançaram ao mar a bordo da esquadra de Cabral. Também conhecemos os propósitos que moviam os homens que restaram em terra, arquitetando a grande empreitada marítima dos séculos XV e XVI.


Eduardo Bueno revela, ainda, figuras históricas fascinantes. Como Gaspar da Gama, o judeu errante, que nasceu na Polônia, viveu em Alexandria, foi capturado em 1498 na Índia por Vasco da Gama, aceitou ser batizado e adotou o sobrenome do padrinho, seguindo para Portugal e tornando-se amigo do rei D. Manoel até embarcar com Cabral. Ou Mestre João, cosmógrafo e astrônomo, integrante da viagem de Cabral, o primeiro a usar o nome "Cruzeiro do Sul" para a mais importante constelação do Hemisfério Sul.

Fonte: Siciliano
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Condessa de Barral


Condessa de Barral

Autor: Del Priore, Mary

Luísa Margarida Portugal e Barros, a Condessa de Barral, manteve durante trinta anos um relacionamento lendário com o Imperador do Brasil, D.Pedro II, ocupante do trono brasileiro entre 1840 e 1889. Porém, muito mais do que uma simples amante, esta filha de um senhor de engenhos apaixonado pelas letras foi uma das figuras femininas mais originais e interessantes de seu tempo.
Na sua época, é sabido que a maioria das mulheres vivia como mera sombra dos homens. Barral, no entanto, sempre deu de ombros para esta regra e para muitas outras. Seu pai prometeu sua mão para um amigo de infância, mas ela ignorou o acordo e se casou com o homem que escolheu. Mais tarde, quando se deparou com o grande amor da sua vida, D Pedro II, continuou a surpreender a todos.

Mesmo casada, estabeleceu um relacionamento de décadas com o monarca. Valendo-se da proximidade com o imperador, mandou e desmandou, atraindo inveja e raiva. Ambígua, passava períodos sofrendo por estar distante de D. Pedro e outros pelo oposto. Chegou a estimular seu amado a procurar outras amantes, embora pouco depois se arrependesse.

Segundo a escritora e historiadora Mary Del Priore, D. Pedro se apaixonou por Barral não só pela sua personali-dade. Os dois se viam como almas gêmeas, porque encaravam o amor de outra forma, como uma amizade com finas sintonias emocionais e intelectuais. Isso não significa que os dois não tenham se entregado ao desejo, mas não era esse o cerne de sua ligação:

"Apesar de possuidor de uma vasta biblioteca, Dom Pedro, na sua simplicidade, falava mal o inglês e tinha uma cultura típica de almanaque. Já Barral era uma mulher cultíssima, dona de uma vivência nas cortes européias que o próprio imperador não tinha, mas admirava e necessitava", observa a historiadora.

Em Condessa de Barral, Mary Del Priore lança mão de cartas e diários pouco conhecidos parte deles é inédita. Para decifrar esta enigmática e controversa personagem, mergulha mais uma vez numa história surpreendente, rica em detalhes, costumes e referências ao vocabulário da época.

Fonte: Siciliano
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Os Sertões


Os Sertões - Série Ouro - Col. A Obra Prima de Cada Autor

Autor: Cunha, Euclides da

Considerada uma das maiores obras da literatura brasileira, ´Os Sertões´ (1902) tem como tema os personagens e cenários da insurreição de Canudos, em 1897, no norte da Bahia. Uma obra de qualidade única e que mostra toda a originalidade de Euclides da Cunha.
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