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O poder feminino na Grécia

quarta-feira, 2 de junho de 2010


O poder feminino na Grécia.

Resumo escrito:Erika J
O poder feminino na Grécia.
Quando pensamos em Grécia logo associamos à democracia, filosofia, um povo avançado. Mas se formos analisar as duas maiores cidades Estados, Atenas e Esparta, veremos certas contradições na sociedade, principalmente ligadas as mulheres.
Atenas ligada ao comércio marítimo, com grande desenvolvimento político, democrática e com nome de deusa, excluía as mulheres da vida política. As Assembléias eram formadas por apenas os “cidadãos”, no caso só homens atenienses maiores de 18 anos, o resto não tinha direitos à política. As mulheres cuidavam da casa, dos filhos, viviam para os seus maridos, submissas.
Já Esparta, principalmente militar, oligárquica e conservadora, as mulheres tinham mais autonomia. As espartanas podiam participar de todas esferas, inclusive na política e no exercito. Resultado da educação militar, a qual limitava o número de espartanos e o número de não-cidadãos (escravos e estrangeiros) era grande.Assim as mulheres eram preparadas para colaborar em casos de conflitos na cidade.
O poder feminino na Grécia.
Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/humanities/history/164947-poder-feminino-na-gr%C3%A9cia/
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abastecimento das tropas paraguaias em Corumbá (1865-1868)


O abastecimento das tropas paraguaias em Corumbá(1865-1868)

Resumo escrito:Leonam Lauro
O trabalho empreendido, cujo objetivo é o de compreender as relações desenvolvidas entre nações limítrofes, em espaço e tempo delimitados, num processo de transculturação, possibilitou a oportunidade de aprofundar o estudo sobre uma das temáticas que compõem a pesquisa. Trata-se das relações desenvolvidas entre os vizinhos sul-americanos, Brasil, Paraguai e Bolívia, durante o maior conflito armado já ocorrido no continente, entre os anos de 1864 e 1870, cujo interesse específico recai sobre o período em que Corumbá ficou sob domínio paraguaio, funcionando como ponto militar das tropas do ditador Francisco Solano López. Negócios extra-oficiais eram fechados entre autoridades paraguaias e negociantes bolivianos, autorizados ou não (?) por representantes legais daquele País. O fato é que se constituiu uma intrincada rede de relacionamentos, que resultaram em uma via construída ligando Corumbá à Santo Corázon (Província da Bolívia), pela qual se deu um relevante tráfico comercial, que dentre outros aspectos, atendeu às necessidades paraguaias no tocante ao abastecimento do exército, uma vez que o mesmo sofria com a falta de víveres, armas e outros produtos fundamentais para a manutenção da empreitada bélica. A posição da Bolívia, considerada neutra no conflito, por si só já poderia ser questionada, mas além disso, paira no ar a dúvida sobre o quanto essa “ajuda” externa influenciou na seqüência do conflito. Lembrando que, Corumbá ficara ocupada pelos paraguaios de 1865 a 1868, e que boa parte do efetivo das tropas evadiu para Assunção a fim de reforçar a segurança diante do avanço aliado.
A inclusão da Bolívia no trabalho nos conduz a uma reflexão sobre o papel que a guerra desempenhou em toda a circunscrição do continente americano, tirando o foco somente dos beligerantes Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O abastecimento das tropas paraguaias em Corumbá(1865-1868) Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/humanities/history/102549-abastecimento-das-tropas-paraguaias-em/
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Portugal - Séc. XVI: um vazio de poder


Portugal - Séc. XVI: um vazio de poder

Resumo escrito:Miss Pink
Na conjuntura dos Séculos XV e XVI, a estruturação de
alianças a partir duma política de casamentos
era prática corrente.
A política desenvolvida pelo Imperador Carlos V
(e também pelo seu avô, Maximiliano I) apontava
nesse sentido - para além do alargamento territorial
subjacente à ideia de Império, existia uma
correspondência matrimonial com as várias zonas 'de
defesa' .
Pelas sucessivas alianças matrimoniais,
nomeadamente pelo casamento de Carlos V com
Isabel de Portugal, a sucessão de Felipe II à coroa
portuguesa, após a morte de D. Sebastião,pese muito
à causa anti-castelhana em Portugal, fazia todo o
sentido.
Da evolução da união de Castela e Aragão - Isabel e
Fernando - cuja verdadeira união teve a sua
expressão em Carlos V quando, em 1516 este foi
proclamado oficialmente Rei de Espanha, pode
dizer-se que a política 'castelhanizante' de Felipe II
conduziu a um esvaziamento da aliança dos Reis
Católicos, pelo enfoque em Castela.
Vejam-se os sucessivos casamentos de Felipe II, que
in extremis, corresponderão às várias fases do reinado
deste Rei, em termos de alianças. Felipe II casa
com Maria de Portugal (1544), Maria Tudor (1554);
Isabel de Valois (1559) e, por último, Ana de Aústria
(1570).Com a morte de Maria Tudor, Felipe II tenta de
novo a aliança com a Inglaterra, embora sem
sucesso.
A união com Maria Tudor tinha sido undamental,
pois após a separação de Henrique VIII de Catarina
de Aragão (tia de Carlos V), interessava, desta
vez a Espanha, manter as boas relações com a
Inglaterra.
Sendo recusado por Isabel I, de Inglaterra, casará com
Isabel de Valois - o que terá conduzirá à união entre a
coroa de França e a de Espanha. Esta relação será
fundamental, se se considerarem, principalmente, os
diferendos entre Carlos V e Francisco I, que se
envolveram em seis guerras e a política já seguida
pelo Imperador, que tinha casado a sua irmã Leonor
(viúva de D. Manuel de Portugal), com Francisco I.
Na sequência deste complexo jogo imperial, e partido
que foi o Império de Carlos V - com a divisão entre o
irmão, Fernando I (como Imperador da
Áustria-Hungria) e os restantes territórios para o filho,
Felipe II, a questão da Europa torna-se mais
premente - a ideia de especificidade dos vários
Estado-nação como interlocutores ganha peso - em
oposição a uma ideia imperial. É neste sentido que a
política matrimonial corresponde a uma efectiva
política de alianças, em que as diversas relações de
sangue são evocadas como causa de sucessão,
como se irá passar no diferendo Portugal/Espanha.
É aliás o parentesco a causa evocada em toda a
Oração de Obediência de Felipe II proferida perante
Gregório XVIII em 1581, que apresenta esta
questão como legitimadora da posição de Felipe II ao
trono de Portugal.
Pode considerar-se, globalmente, que o mecanismo
pelo qual se processou a tomada de poder de Felipe II
não tinha como objectivo a mera anexação de
Portugal como mais uma província de Espanha,
mas sim o respeito por uma entidade-Nação -
correspondendo a um princípio de Monarquia Dual -
duas coroas, um mesmo Rei. De certa forma
repetindo aqui - embora de uma maneira diferente - a
união de Castela e Aragão.
Assim, e apesar das questões levantadas quer na
época (embora ainda não formuladas como
perda de soberania), quer em trabalhos posteriores,
nomeadamente sofrendo daquilo que adiante
será referido como 'efeito de conquista' não surge a
noção de perda de independência de Portugal pela
análise quer 1) da correspondência de Felipe II com
Cristovão de Moura; quer 2) pela proposição
apresentada às Cortes de 1581; quer ainda 3) Oração
de Obediência.
A campanha africana de D. Sebastião, Rei de Portugal,
inaugurara uma nova época na vida da nação
portuguesa. Felipe II, num encontro com D.
Sebastião em Guadalupe em 1576 tentoudissuadir o
sobrdesse empreendimento. De forma muito
simplificada, pode considerar-se que existia um
conflito a dois níveis: externo e interno, que se prendia
com uma concepção geopolítica global: 1) Qual a
prioridade para Portugal do ponto de vista de política
externa:
- Seria o 'destino africano'a alternativa viável para um
país como Portugal, que, à partida, teria no Atlântico e
no Índico a sua acção preferencial, com vista não
apenas à expansão do país para fora dos seus
limites físicos e geográficos como para o seu
crescimento económico? Algumas indicações
fornecidas por textos da época - e pelas várias
tentativas de dissuação feitas junto de D. Sebastião e
por este não acatadas - se inclinam para o erro desta
política ultramarina. Deviam valorizar-se outros
territórios (nomeadamente Brasil e Índia) e não
investir numa campanha africana, que esvaziaria os
cofres portugueses. A propósito do endividamento de
Portugal, este é citado numa das cartas de Cristovão
de Moura a Felipe II (e a propósito do Testamento de
D. Sebastião), o que levaria mesmo à venda de bens,
como os móveis, pertença da coroa portuguesa.
2) Qual a prioridade de Portugal do ponto de vista
de política interna:
-O país estaria 'garantido' sucessoriamente?
Pelo vazio deixado pela morte do rei - pode
considerar-se que a questão sucessória não estava
de forma alguma alguma garantida. A morte de D.
Sebastião, sem sucessor directo, abriu caminho aos
acontecimentos posteriores. Se tivesse existido, por
exemplo, um filho que pudesse herdar o trono, a
evolução da história de Portugal e da monarquia
portuguesa teria sido certamente diferente.
Portugal - Séc. XVI: um vazio de poder Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/humanities/history/72510-portugal-s%C3%A9c-xvi-um-vazio/
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O Império da Boa Sociedade: A Consolidação do Estado Imperial Brasileiro


O Império da Boa Sociedade: A Consolidação do Estado Imperial Brasileiro

Resumo escrito:Simone Capovilla
Apresentar o processo através do qual o Império de D. Pedro II emergiu como Estado soberano, considerando as aspirações iniciais, mudanças de rota e disputas entre os atores sociais envolvidos neste processo: este é o objetivo principal de Mattos e Gonçalves na construção de seu O Império da Boa Sociedade: A Consolidação do Estado Imperial Brasileiro<1>.

Contudo, a obra oferece um aprofundamento maior do que os objetivos acima descritos, tanto pela riqueza documental que oferece, quanto pela sua própria proposta de organização: a partir de três espaços/lugares definidos - a Casa, a Rua, o Estado- o leitor é, inicialmente, convidado a ingressar na alma das principais forças que compunham o contexto econômico, social e político do período. Forças que serão, ao longo da narrativa, melhor detalhadas, sem nunca perder de vista estes espaços/lugares - a eles retornando, seja para sinalizar de que forma são ocupados pelos diferentes atores sociais, seja para demonstrar as alterações de posição ocorridas na própria tríade de poder composta por estes espaços/lugares.

A partir da abdicação de D. Pedro I, os autores mergulham no ponto crucial da obra: quem era brasileiro, naquele 7 de abril de 1831? Assim, o capítulo intitulado A Casa vai demonstrar os sentimentos da camada dominante da sociedade a respeito deste questionamento - uma sociedade profundamente hierarquizada, baseada num modelo econômico colonial escravista.

Na Rua, podemos perceber a diferença entre os liberais moderados e liberais exaltados: os primeiros, encarando a "prudência, a moderação e a ordem" como condições essenciais para a integridade do Império; os segundos, esperando que a Regência Provisória resultasse em maior liberdade e representatividade nos desígnios do Império. Um sentimento que se espalhou pelas ruas, através de manifestações que geraram pânico nos grupos mais conservadores. Mas a Rua era, também, local de medos outros: notícias de insurreições negras em várias partes do Império, a superioridade numérica populacional dos escravos e a própria capoeira eram motivo de pânico. A Rua era, portanto, neste momento, o local da desordem.

O ano de 1831 parecia indicar aos liberais moderados que tudo correria bem. Neste período, está também, situada a discussão sobre o papel do Estado: tido como necessário, o Estado deveria ter seus poderes limitados, de modo a não poder interferir plenamente nos interesses das classes dominantes. Com relação ao "como fazer isso", é que as opiniões se dividiram: para o liberais moderados, apesar de algumas divergências, a solução era uma monarquia constitucional. Para o liberais exaltados adeptos da monarquia, a solução passava por um modelo, mais democrático, de cunho federativo. Mas havia, também, os liberais exaltados republicanos - que acabaram conferindo fama genérica a todos os exaltados. Finalmente, no extremo oposto de todas estas correntes, estava José Bonifácio e os restauradores: para eles, a volta ao modelo do Primeiro Reinado era o sonho acalentado.

A aproximação entre exaltados, moderados e alguns restauradores acabou apresentando diferentes resultados: o fortalecimento do poder local - através de maior poder conferido aos juizes de paz locais -, a formação da Guarda Nacional, e a Reforma Constitucional (Ato Adicional) de 1834. Através desta última, estava mantido o Governo Moderador, a vitaliciedade do Senado, a criação das Assembléias Legislativas Provinciais - e o conseqüente enfraquecimento das Câmaras Municipais -, a Extinção do Conselho de Estado, além da criação do Município neutro da Corte. O Ato Adicional, porém, não seria plenamente aprovado. As eleições para a regência, 1835 - cujo reduzido universo de eleitores era um retrato de hierarquização social - foram imediatamente seguidas de revoltas que estouraram em diversas regiões: a Cabanagem, a Farroupilha, a Sabinada e a Balaiada, iriam, ao longo dos dez anos seguintes, perturbar o aparente clima conciliador do quadro político.

A maioridade, efetivada em 23 de julho de 1840, seria seguida de novas revoltas . A partir de 1844, as discussões sobre a escravidão e a propriedade de terras voltaram a tomar conta do cenário. Ambas as questões foram solucionadas numa só jogada: em 1852, aboliu-se o tráfico - desta vez, de forma mais rígida - e, em seguida, promulgou-se a Lei de Terras. Esta última, uma vez que restringia o acesso a terra somente pela compra, não apenas colaboraria para a manutenção do quadro econômico latifundiário estabelecido desde o período colonial, como viria a atingir os imigrantes europeus que começavam a chegar ao Império. Ao contrário das promessas recebidas, eles estariam, na sua grande maioria, destinados a compor uma massa camponesa assalariada, em substituição à mão de obra escrava.

Este movimento migratório veio justamente suprir as necessidades do novo latifúndio, voltado à exportação, que emergira nas últimas décadas: as grandes propriedades cafeicultoras, geradoras das novas figuras políticas dominantes, os chamados "barões do café". Mudanças que pareciam colocar o Império do Brasil no patamar das grandes nações européias. Mas que - ao contrário do que ocorria naquelas nações que lhe serviam de inspiração - não implicavam numa maior representatividade do povo junto ao poder, no fim da escravidão ou em uma sociedade mais igualitária.

Assim, os autores de O Império da Boa Sociedade desnudam esta estranha lógica na formação da sociedade brasileira, que tende a subjugar todos aqueles que nela não ingressam. Todos aqueles que, sem oportunidade de participação, ou preferindo os ideais aos interesses, acabam entrando para a história na qualidade de vencidos.

<1> MATTOS, Ilmar Rohloff de. GONÇALVES, Marcia de Almeida. O império da boa sociedade: a consolidação do Estado imperial brasileiro. 7ª ed. São Paulo: Atual, 1991
O Império da Boa Sociedade: A Consolidação do Estado Imperial Brasileiro
Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/humanities/history/371255-imp%C3%A9rio-da-boa-sociedade-consolida%C3%A7%C3%A3o/
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